Novos papéis do RH

A cofundadora e arquiteta de aprendizagem da Offbeat, Lavinia Mehedintu, vem inovando na forma como profissionais de aprendizagem e desenvolvimento aprendem através de uma plataforma de aceleração de desenvolvimento profissional e também de sua curadoria semanal via newsletter, ambas dedicadas ao universo T&D. No Festival, ela traz os novos papéis do RH e as principais tendências em T&D.


Insights do vídeo
  1. Por que ainda estamos fazendo T&D do jeito que fazemos? Como isso impacta o nosso perfil e competências? Lavinia destaca suas percepções do que influenciou o setor nos últimos anos: (a) Expectativa de que o ensino superior preparasse profissionais para trabalhar – com a mentalidade de que as pessoas iniciavam a carreira preparadas, a área de T&D acabava sendo opcional; (b)Havia muita dificuldade de acesso à informação há duas décadas; o compartilhamento de pensamentos, informações e trabalho não era uma realidade – o que levava o RH a ter que produzir muito conteúdo; (c) Maior estabilidade na carreira – o papel do T&D nas empresas que tinham essa área era aumentar a performance no trabalho, para que as pessoas fossem melhores no papel que já desempenhavam; (d) O modelo presencial de trabalho era praticamente a única opção até antes da pandemia, apesar de o e-learning ter sido inventado nos anos 1960, então o T&D precisava ser excelente na oferta de treinamento presencial; (e) Escassez de tecnologia gerava muito trabalho manual na área.
  2. Como está o cenário em que o RH atua hoje? (a) T&D é obrigatório e necessário – facilitam o contexto para que as pessoas continuem aprendendo; (b) Sobrecarga de informação gera a necessidade do papel do Curador; (c) Instabilidade na carreira – ao longo da vida, podemos muitas funções e papéis profissionais em diferentes empresas. T&D se torna retentor de talentos; (d) Trabalho híbrido e remoto – como o espaço digital é mais amplo, surge a necessidade de arquitetos de aprendizagem digital para projetar esse espaço; (e) Automatização de trabalhos manuais – foco menor no treinamento técnico e maior em habilidades poderosas (power skills) para ajudar as pessoas a não ficarem obsoletas; (f) Tecnologia nos tornou mais orientados a dados.
  3. Papéis do RH: no passado: Criadores; no futuro: Conectores.
  4. Que conexões o T&D já pode ajudar? Conexão consigo mesmo/a: Autoconhecimento; Conexão com pessoas: Comunidades, Mentorias, Peer Coaching; Conexão com conteúdos de qualidade: Curadoria de conteúdo; Conexão com papéis: Mercado de talentos interno, marketing para apoiar T&D; Conexão entre pessoas e organizações: facilitar cultura de aprendizagem, desenvolvimento do colaborador como jornada de experiência de aprendizagem dentro da organização; Conexão entre a estratégia de T&D e estratégia do negócio – consultor de performance; Conexão com tecnologias – entender o ecossistema da organização e indicar as tecnologias mais adequadas; Conexão da organização com o futuro do trabalho – power skills, trabalho remoto, DAOs
  5. Lavinia (Offbeat), Conrado (novi) e Deb (Degreed) apontam que as organizações ainda estão nos primeiros níveis de maturidade em relação à cultura de aprendizagem. As empresas brasileiras já demonstram ter consciência sobre o tema e começam a dar os primeiros passos em direção à implementação, enquanto as demais empresas da América Latina estão na etapa de conhecer essa abordagem. Lavinia destaca que novas organizações e startups já começam suas operações com uma mentalidade mais voltada à aprendizagem, pois sabem que esse é o fator crucial para sobreviverem no mercado.
  6. Os líderes precisam começar a ser expostos à cultura de aprendizagem: “mostrar a eles o que já estão fazendo, que é aprender e apenas prototipar novas maneiras de aprender na organização”.