O futuro do trabalho é agora

Rodney Evans (The Ready) é pioneira no design organizacional adaptativo, com 20 anos de experiência em transformação de ambientes complexos, como AirBnb, GE, Johnson & Johnson, entre outras. Ela atua impulsionando talentos e modernizando práticas para desburocratizar ambientes de trabalho tradicionais. Em sua palestra, ela fala sobre o novo mundo do trabalho e como a The Ready vem reinventando as organizações e os sistemas de trabalho.


Insights do vídeo
  1. “Em muitos aspectos, nossa forma de trabalhar evoluiu nos últimos 100 anos, mas a forma como nos organizamos não. (...) Por que não mudamos muito em 100 anos?”
  2. Rodney dá exemplos de processos que vão adicionando camadas de complicações ao trabalho, que muitos de nós reconhecemos no dia a dia da organização, mas surpreende com a fonte dos exemplos: um manual de sabotagem da CIA na Segunda Guerra Mundial. “Por que nossa forma de trabalhar se tornou sinônimo das instruções de como sabotar uma empresa?”. Alguns dados podem explicar: 48% das pessoas estão infelizes no trabalho; 43% delas pensam em pedir demissão; 51% não estão engajadas; 16% estão ativamente desengajadas (sabotadores); Fenômeno atual da grande resignação; Diminuição radical do tempo de vida de uma organização; Diminuição da margem de lucro.
  3. Débito organizacional: “quando escolhemos uma solução complicada em um sistema complexo e esperamos resolver um problema que pode ser raro.”; “o custo disso nos Estados Unidos é estimado em US$ 3,5 trilhões por ano” (fonte: Humanocracy, Gary Hamer e Michele Zanini)
  4. Como criar um sistema organizacional diferente? (a) Reconhecendo que o sistema tradicional está ultrapassado e pode não ser mais útil; (b) Questionar o que julgamos sobre pessoas e problemas. O que assumimos sobre ambos e que decisões tomamos a partir disso? Ex: semáforos (baseados em controle e observância) x rotatórias (baseado em confiança e autonomia); (c) Repensar princípios e práticas para criar novos designs organizacionais; (d) Positividade das pessoas: pessoas que querem gerar impacto, buscam significado no trabalho e têm a capacidade de mudar; (e) Consciência da Complexidade: quais são as regras simples que nos mantêm seguros? que regras simples podemos testar, aprender e iterar ao longo do processo? É sobre “testar novas práticas com uma mentalidade experimental e aprender ao longo do processo”. “Em uma mentalidade de consciência da complexidade, se temos um desentendimento, fazemos uma restrição diferente para lidar com isso e continuamos a testar e construir com base no que precisamos, não em tentar prever o futuro. Nós fundamentamos nosso trabalho no presente e resolvemos com base no que já aconteceu em nosso sistema operacional em vez de perder muito tempo tentando se planejar”.
  5. Não se trata só de fazer as coisas diferentes, adaptar processos, é preciso fazer isso: refletindo, criando sentido, entendendo padrões e realmente aprendendo.
  6. “A grande chave das empresas com sucesso na autogestão é a orientação à aprendizagem. E isso é delicado, porque nos sistemas tradicionais somos recompensados pelo que sabemos, não pelo que estamos aprendendo.”
  7. O papel do líder não precisa diminuir em um modelo autogerido. Precisamos investigar “qual é o propósito da liderança e o que precisamos dela como um sistema?”
  8. Prática para uma cultura de aprendizagem saudável: retrospectiva. Discutir em grupo o que deu certo, o que não deu tão certo, o que aprendemos? Ferramentas: Parabole, Mural.
  9. Sobre o fenômeno mundial de demissão em massa: “A grande resignação está em perfeita integração com o que a complexidade significa e por que temos que ter consciência da complexidade”. Não se trata só de compensação. Olhar para o sistema operacional da empresa e da equipe é uma forma de lidar com essa tendência, entender o que no seu sistema atrai ou repele os talentos.